quinta-feira, 21 de julho de 2016

ORAÇÕA À AUGUSTA RAINHA DOS ANJOS





Augusta Rainha dos Anjos,
Vós que recebestes de Deus
o poder e a missão de esmagar a cabeça de
 Satanás, humildemente Vos rogamos
que envieis as Legiões Celestes
para que às Vossas ordens
persigam e combatam
os demônios por toda a parte,
refreando a sua audácia
e precipitando-os no abismo.
Quem é como Deus?
Ó Bondosa e Carinhosa Mãe,
Vós sereis sempre o nosso amor
e a nossa esperança.
Ó divina Mãe, enviai os Santos Anjos
em nossa defesa,
afastando para longe de nós o cruel inimigo.
São Miguel e todos os Santos Anjos,
combatei e rogai por nós. 
Amém!
 
 
 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

NOSSA SENHORA DE LOURDES- 3 ª PARTE






13ª Aparição - 2 de março, eram mais de 1.650
 pessoas em Massabieille. 
Com maior dificuldade, Bernadete 
chegou ao "seu local".
Na Aparição a Senhora disse:
- "Vai dizer aos sacerdotes que tragam o povo aqui,
em procissão e Me construam uma Capela".
Por essa razão, mais tarde, em companhia das tias 
Bernarda e Basília , foram encontrar-se com o Abade 
Peyramale, para levar-lhe a notícia.
0 Senhor Abade era um homem severo, de caráter íntegro 
e muito exigente na observância do direito e da ordem. 
Já tinha ouvido os comentários sobre Bernadette e as
 Aparições na gruta, assim como as notícias de curas 
e os comentários maldosos do jornal local.
 Não se decidira sobre os fatos, mesmo porque não 
dispunha de elementos que lhe oferecesse 
condições de optar. 
Intimamente, aceitava com simpatia a possibilidade da 
Aparição ser verídica, em face dos muitos 
comentários favoráveis. 
Mas na sua posição, não podia considerar comentários
 e nem indícios.
 Era preciso haver alguma coisa sólida que se mostrasse 
de modo concreto, para que pudesse apreciar
 os acontecimentos. 
E, apesar de possuir um coração bondoso e paternal, 
o momento exigia que procedesse com cautela,
 até com rudeza, se fosse necessário, para deixar 
aparecer a verdade transparente.
- "És tu que vais à gruta"?
- "Sim, Senhor Abade".
- "E dizes que vês a Santíssima Virgem"?
- "Eu não disse que era a Santíssima Virgem".
- "Então quem é essa Senhora"?
- "Eu não sei".
- "Ah, tu não sabes! Mentirosa! E, no entanto, esses
 que fazes correr atrás de ti dizem e o jornal imprime:
que tu pretendes ver a Santíssima Virgem. 
Então, o que é que tu vês"?
- "Qualquer coisa que parece uma Senhora".
- "Ora essa! Uma Senhora! Uma procissão"!
Aborrecido, olha para as duas tias que a acompanha
 e lembra-se de que elas conceberam antes de se casarem,
 e desabafa:
- "Que desgraça ter uma família destas que faz a 
desordem na cidade! 
Desapareçam daqui imediatamente"!
As três saíram o mais depressa que puderam 
e imaginem o tamanho do "apuro"... 
Disse Bernadete:
- "Não me apanham mais a vir à casa do Senhor Abade"!
Mas, logo que caminharam alguns passos, lembrou-se 
de que, não tinha transmitido toda a mensagem ao
 Senhor Abade. 
Esquecera-se de falar na "Capela". 
Quis voltar, mas as tias protestaram:
- "Não contes comigo! Tu põe-nos doentes"!
Depois de muito procurar, conseguiu que Dominiquette 
Cazenave a acompanhasse. 
Marcaram uma entrevista para às 19 horas. 
Estavam lá, além do Abade Peyramale, os Padres Péne, 
Serres e Pomian (o confessor dela). 
Transmite a segunda parte do recado:
- "Vai dizer aos sacerdotes para construírem 
aqui uma Capela".
- "Uma Capela? Como para a procissão? 
Estás certa disso" ?
-"Sim, senhor Abade, estou certa".
- "Ainda não sabes como ela se chama"?
- "Não , Senhor Abade".
- "Pois bem, é preciso perguntar-lhe".
Depois de responder mais algumas perguntas 
dos outros padres, despediu-se, e com sua 
acompanhante, voltou para casa.
No dia seguinte, mais de 3.000 pessoas a 
aguardavam na gruta. 
A multidão rezava ansiosa desde muito cedo.
 Mas a Visão não apareceu. 
E como nos dias 22 e 26 de fevereiro, 
regressou perturbada.
Todavia, neste mesmo dia, mais à tarde, voltou 
à gruta e desta vez encontrou-se com a Visão.
Ao regressar à cidade, foi conversar com Peyramale:
- "Senhor Abade, a Senhora sempre quer a Capela".
- "Perguntaste-lhe o nome"?
_ "Sim, mas ela apenas sorriu".
- "Troça valentemente de ti". - Faz uma pausa 
e depois diz: - "Pois bem, se ela quer a Capela 
que diga o seu nome e faça florir a roseira da gruta. 
E então nós mandaremos construir uma Capela
 e não será muito pequena, será muito grande".
14ª aparição - 3 de março. 
A Senhora não aparece 
à hora habitual, mas sim ao entardecer
 e deu explicação.
“Não me viste esta manhã, porque havia pessoas 
que desejavam examinar o que fazias,
 enquanto eu estava presente. Mas elas eram indignas. 
Tinham passado a noite na gruta, profanando-a.” 
15ª Aparição - 4 de março.
 No segundo mistério do primeiro terço, Bernadette
 começa a ver Nossa Senhora. 
Acabou esse terço e rezou outros dois, refletindo
 ora alegria, ora tristeza.
Durante esta quinzena, Nossa Senhora comunicou
 à menina três segredos e uma oração com esta 
ordem: 

NOSSA SENHORA DE LOURDES-2ª PARTE






Era aguardado com grande expectativa porque era
 o último da quinzena de aparições. 
A polícia pediu reforço policial de d'Argelès 
e de Saint Pé, cidades vizinhas de Lourdes, para 
 ajudar na manutenção da ordem, no sentido
 de evitar qualquer excesso.
 A estimativa era para mais de 8.000 pessoas 
ao redor da gruta. Para que Bernadette, pudesse
 chegar ao local, fizeram uma passarela de madeira, 
que lhe facilitou o acesso.
 Ela veio acompanhada de sua prima Joana Véderè, 
que tinha 30 anos de idade e ficaram juntas perante 
a Aparição.
Ajoelharam e começaram a rezar o terço.
 Quando iniciavam a terceira Ave Maria da segunda dezena, entrou em êxtase.
A multidão com o olhar acompanhava tudo e apreciava 
 beleza do Sinal da Cruz que ela fazia.
0 comissário Jacomet tirou o seu caderninho de 
Notas e escreveu "34" sorrisos e "24" saudações 
em direção a gruta.
Terminada a Aparição, apagou a vela e, indiferente 
a presença de toda aquela gente, tomou o caminho 
de sua casa.
Muitos ficaram desapontados e perplexos,
 porque esperavam algum milagre ou
 alguma revelação. 
Não aconteceu nada, visualmente. 
No ar ficaram muitas perguntas e uma grande 
expectativa: será que terminaram as Aparições?
Maria Bernarda foi encontrar-se, com o Senhor 
Abade e dar-lhe notícias do "encontro".
- "Que te disse a Senhora"?
- "Perguntei-lhe o nome... Ela sorriu. 
Pedi-lhe para fazer florir a roseira, ela sorriu 
outra vez. Mas ainda quer a Capela".
- "Tu tem dinheiro para fazer essa Capela"?
- "Não, Senhor Abade".
- "Eu também não . Diz à Senhora que lhe dê".
Peyramale estava desconsolado por não ter obtido nenhuma informação segura, sobre a Aparição. 
Ela também, mas sem poder fazer nada, voltou 
triste para casa.
No dia 18 de março é submetida a um severo
 interrogatório e declara:
- "Não penso ter curado quem quer que seja
 e de resto não fiz nada para isso.
 Não sei se voltarei à gruta".
Mas independentemente das aparições continuarem 
ou não, a afluência era cada vez maior. 
Diariamente muitas pessoas iam lá para rezar, 
para recolher água da fonte ou para bebê-la. 
Todos acreditavam que quem esteve lá foi a
 Santíssima Virgem. As velas multiplicavam-se 
no dia 18 eram 10 ; no dia 19 havia 21 velas; 
já no dia 23, colocaram no nicho das aparições,
  uma imagem de gesso da Virgem Maria, doada 
por um senhor, Felix Maransin
Do dia 4 de março quando ocorreu a última
 aparição, ou seja a 15ª, até o dia 25 do mesmo mês, Bernadete procurava levar uma vida normal, ao lado de seus familiares no "cachot". Mas foi impossível, 
porque era solicitada para interrogatórios, por
 visitantes que faziam filas intermináveis à porta 
de sua casa, querendo conversar, abraçá-la e pedir-lhe
 que tocasse com as mãos em objetos que levavam.
 Eram pessoas que buscavam graças e outras que
 vinham contar milagres alcançados pela bondade 
e o carinho intercessor de Nossa Senhora.
Não tinha mais sossego. Às vezes quase perdia a
 paciência:
- "Tragam-me todos ao mesmo tempo".
De outras vezes, cansada, precisando de repouso. 
queria isolar-se:
- "Fechem a porta à chave"!
E jamais aceitou e não deixou que nenhum 
de seus familiares aceitassem gratificações em dinheiro 
ou presentes, por qualquer razão que fosse:
- "Isso queima-me! Por favor, não façam isso"!
Quando perguntavam-lhe se a Dama voltaria, 
simplesmente dizia que não sabia. 
Só podia afirmar que ELA queria sempre uma 
Capela e que os sacerdotes fossem em procissão 
à gruta. 



quarta-feira, 6 de julho de 2016

NOSSA SENHORA DE LOURDES- 1ª PARTE







Lourdes é uma pequena cidade localizada 
no sudoeste da França, nos montes Pireneus,
 pertencente à diocese de Tarbes; um dos santuários marianos mais frequentados.
No local das aparições, passa o rio Gave.
Ao lado está o rochedo Massabielle. 
Esta rocha forma uma reentrância oval, 
que é a chamada gruta Massabielle, onde Nossa 
Senhora apareceu 18 vezes, no ano de 1858.



História da Aparição.

1ª Aparição - 11 de fevereiro de 1858. 
Quinta Feira, um dia como outros. 
Era inverno; às 11 horas da manhã,
 quando Bernadete observou que tinha 
acabado a lenha.
 Seu pai estava ainda deitado. 
Não tinha trabalho. Economizava as forças
 para outro dia. 0 tempo não era convidativo
 para sair de casa. Chuviscava e havia nevoeiro. 
Logo apanhou sua capa, chamou sua irmã 
Antonieta Peyret (companheira de Bernardette) 
e convidou Joana Abadie, uma moça robusta
 e forte, para acompanhá-las.
A mãe proibiu: "Bernadete, não".
Ela pensava no frio que fazia e que poderia trazer 
consequências à asma de sua filha. 
Mas ela insistiu carinhosamente, dizendo-lhe 
que teria cuidado para não se molhar e que iria
 com o capuz branco e o chale. 
A mãe concordou.
Saem as três meninas no afã de cumprirem 
a tarefa, passam pela pradaria do Paraíso.
 A ponte do canal que movimenta o moinho Savy,
 entram na pradaria do senhor La Fitte 
e chegam na ponta de areia do rio Gave. 
À esquerda, levanta-se uma rocha íngreme,
 com uma gruta na base. 
É a chamada gruta Massabieille . 
Embora é chamada de gruta, na verdade, ela
é constituída de  uma acentuada 
concavidade na rocha.
 A água do canal que movimenta os moinhos,
 banha-lhe o lado esquerdo e segue
 em direção ao Gave.
Joana passa para o outro lado do canal, com 
o pequeno feixe de lenha na cabeça. 
Antonieta faz o mesmo, levando a lenha na mão. 
Como já do outro lado, as duas se manifestaram,
dizendo que a água do canal estava muito gelada, Bernadette permaneceu ali, sem saber o que fazer,
 com receios de pisar na água fria, por causa da
 asma, lembrando-se das recomendações de sua mãe.
Enquanto as duas corriam pela praia do Gave,
a procura de lenha, ela depois de procurar sem êxito, 
um lugar melhor para atravessar, sentou-se 
na margem do canal, em frente à gruta, 
tirou uma das meias e preparava-se para tirar 
a meia do outro pé, quando de repente, 
ouviu um barulho, "como se fosse um sopro de vento". 
Não vê nada.
Olhou para trás e observou que as folhas das
 árvores não se moviam.
Apareceu uma "luz suave" que iluminou 
profusamente todo aquele lugar sombrio.
E, no meio dela, surge uma SENHORA maravilhosa, aparentando a idade de 16 a 18 anos.
Estava de pé, vestida de branco.
O véu que cobria a cabeça descia até os pés.
Em redor da cintura, tinha uma estreita faixa azul.
No braço direito, levava um terço.
 Mantinha as mãos juntas e, nos pés, viam-se 
duas rosas douradas.
Abre os braços num gesto de acolhimento, 
como quem convida à aproximar-se. 
Ela fica espantada. É como se tivesse medo.
 "Não para fugir explica melhor, mas pela emoção
 do inusitado e adorável encontro". 
Esfregou os olhos diversas
 vezes, para inteirar-se que não era um sonho.
Que realmente estava diante de uma visão
 encantadora, que lhe sorria afetuosamente.
Então conta, Bernadette:
- "Coloquei a mão no bolso e encontrei o terço. 
Queria fazer o Sinal da Cruz, mas não pude levar
 a mão até a cabeça.
 A mão caiu-me. 0 espanto apossou-se de mim 
mais fortemente, a minha mão tremia.
A visão fez o Sinal da Cruz. 
Então tentei a segunda vez.
 E então pude. Logo que fiz o Sinal da Cruz,
 a grande comoção que sentia desapareceu.
 Pus-me de joelhos 
e rezei o terço na presença dessa linda Senhora. 
A Visão fazia passar as contas do Seu Terço
 com os dedos, mas não mexia os lábios. 
Quando acabei o terço, ELA fez um sinal para aproximar-me. Mas não ousei. Então desapareceu 
de repente".
Depois do extraordinário acontecimento, Bernadete 
sentiu uma imensa felicidade que envolveu 
completamente a sua alma, de uma deliciosa 
satisfação que lhe tirava todas as forças, 
para qualquer iniciativa.
Atravessou o canal sem dificuldades.
 As águas estavam ligeiramente "aquecidas". 
Sentou-se numa das grandes pedras que se 
encontravam na entrada da gruta e permaneceu 
silenciosa e pensativa.
Voltam suas companheiras com uma boa provisão
 de lenha e começam a dançar e pular na entrada 
da gruta, para comemorar o êxito da missão.
Não gostando de vê-las assim, para distraí-las pergunta:
- "Não viram nada"?
- "E tu, que é que viste"?
Ela compreende o mistério que acabava de 
acontecer e sente que terá que guardar este segredo, 
e por isso muda de assunto:
- "Sois umas enganadoras. Vocês disseram que 
a água do canal estava fria, achei-a agradável, 
estava morna".
Antonieta e Joana não a levaram a sério, 
porque quando atravessaram o canal, a água
 estava tão gelada, que do outro
 lado, tiveram que esfregar os pés, fazendo
 massagem para aquecê-los.
Bernadette sentindo necessidade de falar, de contar 
aquela maravilhosa experiência, em duas palavras
 narra tudo a Antonieta. Mas a irmã não acredita 
e pensa que Bernadette está querendo
 incutir-lhe medo. 
Pega a lenha e também acelera o passo para casa.
Mas o caso dá para pensar, porque o acontecido 
é por demais singular.
Antonieta, apesar de ter prometido, em casa,
 na primeira oportunidade, "bate com a língua nos
 dentes" e conta tudo à sua mãe. 
Luiza fica assustada "e quer saber toda história 
e muito direitinho"!
Por isso, convoca a filha. Entre o susto e o medo, 
ela quase nada falou.
 Sua mãe a repreende por tal comportamento 
e o pai, que ainda estava deitado, acrescenta que
 não quer  os olhares dos outros caçoando
 de ninguém da família.
À noite, na hora das orações, chorou muito.
Estava bastante comovida com tudo o que 
lhe havia acontecido. 
Sua mãe faz-lhe outras perguntas, 
mas ela nada respondeu.
Entretanto, no dia seguinte, ela sente-se atraída 
a voltar à gruta. 
A mãe não lhe deixa e imperiosamente ordena: 
"Para o trabalho". Ela obedece.
Na tarde de sábado, dia 13, decide ir confessar-se. 
Conta tudo ao padre Pomian, que, silenciosamente,
ouviu o depoimento.