Comemorado no dia 21 de Novembro, tem um
significado especial para os católicos, que vão à Pedra
do Rosário para externar o agradecimento
pela santa proteção.
Na manhã do dia 21 de novembro de 1753, alguns
pescadores do Rio Potengi, quando lançaram a rede
e ao puxá-la, encontraram um caixote que estava
encalhado numa pedra.
Os pescadores pararam a embarcação no local,
hoje chamado de Pedra do Rosário, para ver o que
continha dentro do caixote.
Ao abrir, encontraram uma imagem da mãe de Nosso
Senhor Jesus Cristo, com uma mão segurando o
menino no colo e a outra mão estendida, aparentando
sustentar alguma coisa.
Logo, perceberam que era um rosário.
Junto à imagem estava uma mensagem:
“Onde está imagem parar, nenhuma
desgraça acontecerá”.
O vigário da Paróquia, naquela época, o padre Manoel
Correia Gomes, informado sobre a descoberta, foi
ao local e levou a imagem para a Matriz, sabendo que
se tratava de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário.
Porém, a padroeira da cidade ficou conhecida por
Nossa Senhora da Apresentação, porque no calendário
litúrgico da Igreja Católica, o dia 21 de novembro,
é o dia em que se festeja a apresentação da Mãe
de Jesus no Templo, quando tinha cerca de 12 anos
de idade, por esse motivo deram o nome a padroeira
de Nossa Senhora da Apresentação.
A festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo
foi instituída no ano de 1571.
A importância da devoção em Nossa Senhora com esta
invocação, está no fato de que, como Mãe de Nosso
Senhor Jesus Cristo, Ela é a mãe da Igreja,
a mãe do povo de Deus.
Por isso devemos ter esse amor e veneração pela
Virgem Maria, que á a mãe de todas as mães,
a rainha da Família.
A Santíssima Virgem Maria, com apenas três anos
de idade, em cumprimento de uma promessa feita pelos
pais, foi levada ao templo, para ali, com outras meninas,
receber educação adequada à sua idade e posição.
A comemoração da Apresentação de Nossa Senhora teve
inicio no século VIII.
Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI,
em 1372, só para a corte papal.
Em Avignon, em 1585,
Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.
A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios:
A dos pais e da menina Maria Santíssima.
São Joaquim e Sant’Ana ofereceram a Deus a filha
no templo, quando esta tinha três anos.
Sem dúvida, foi para estes pais um sacrifício muito
grande separar-se da filha que se achava numa idade
em que há pais que queiram confiar os filhos
a mãos estranhas.
Três anos é a idade em que a criança já recompensa
de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais,
formulando palavras e fazendo já exercícios mentais
que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo
provas de gratidão e amor filiais.
São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação?
Por outro lado, maior ainda foi o sacrifício da Filha ao separar-se de seus pais. Sendo Ela a criatura entre todas a mais privilegiada, a separação para Ela significava uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor.
O sacrifício que oferecia Ela o fez com suma generosidade, sem reservas, para sempre, com contentamento e júbilo.
O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”; E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a
minha juventude”.
Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina! Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?
A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores”.
Santo era o lugar onde Maria Santíssima vivia. Era o templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas; era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia fazer entrada.
Naquele templo a menina Santíssima rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”.
Segundo foi revelado à Santa Isabel da Hungria, todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte:
1) alcançar as virtudes da humildade, paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.
Maria Santíssima era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao azedume e ao amor próprio. Era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros.
Assim foi santíssima a vida de Maria no templo.
O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito
da esposa, mais do que qualquer outra criatura.
À Maria Santíssima aplicam-se as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era pequena, procurei a
sabedoria na oração.
Na entrada do templo instava por ela…
Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração
nela se alegrou e desde a mocidade procurei
seguir-lhe o rastro”.
De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas
vezes a circunstância de que Ele crescia
em graça e santidade.
Como Nosso Senhor Jesus Cristo, também Maria
Santíssima cresceu em graça e sabedoria diante
de Deus e dos homens.
Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens
grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico:
“Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste
no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes
e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos
campos e qual plátano, sou exaltada junto
da água nas praças.
Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem
cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida
derramei odor de suavidade na minha habitação;
como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume
e as minhas flores são frutos de honra
e de honestidade”.
Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como
a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo
Maria preparar-se para a realização na História:
a Encarnação do Verbo Eterno.
Dessa forma, a festa da Apresentação de Nossa Senhora
encerra belos ensinamentos para a família cristã,
para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que São Joaquim e Santa Ana?
Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão!
Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e
às paixões, mas a Deus.
Todos nós, vemos em Maria Santíssima o exemplo que
devemos imitar, se quisermos que nossa vida seja
agradável a Deus.
Oração, pureza de alma e de corpo, e a devida dedicação
ao trabalho – eis os valores principais da vida de
verdadeiros católicos.
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