Existem duas versões para a devoção à Nossa Senhora
da Paz distintas na história e presentes na iconografia
das imagens da Senhora. Nossa Senhora da Paz
é padroeira de El Salvador e esta devoção não vem
de alguma história específica, mas da invocação à
Maria feita por ocasião da erupção de um vulcão
que teria tido suas lavas desviadas da cidade pela
intercessão de Nossa Senhora.
Por isso, naquele país sua imagem traz em sua mão
uma palma de ouro, lembrando a proteção
que a Senhora deu ao povo.
Já a tradição da devoção espanhola data do século
IX e nasceu na cidade de Toledo, durante a invasão dos
mouros à Península Ibérica.
Conta que ao chegarem à cidade, os mouros tomaram
uma igreja dedicada à Nossa Senhora e a transformaram
em mesquita.
Quando os espanhóis retomaram o poder, Afonso VI,
rei da Espanha, fez um acordo que garantia a continuidade
da mesquita como lugar de oração muçulmano.
A população local, na maioria cristã, liderada pela rainha
e pelo arcebispo saiu então às ruas para protestar,
vestida de luto.
O rei ficou furioso com a revolta de seus súditos partiu
para punir os rebeldes, sobretudo sua própria esposa
e o arcebispo. A população, então, em oração pediu
a intercessão da Virgem para que abrandasse o coração
do rei. Os mouros, por sua vez, receosos em face ao ardor
do povo, devolveram a mesquita.
Então, uma grande procissão teria marcado o retorno
da imagem da Virgem para a igreja e, instaurada a paz,
essa passou a ser venerada como Nossa Senhora da
Paz e é representada com um ramo de oliveira em sua
mão, por ser este um dos símbolos da paz.
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