Sua infância foi normal, alegre e tranquila, como
de todas as crianças que são cercadas pelos carinhos
e atenções dos pais e parentes.
Aos três anos de idade em atendimento aos preceitos
Aos três anos de idade em atendimento aos preceitos
da lei judaica, foi levada ao Templo em Jerusalém,
para ser Consagrada e Apresentada a DEUS.
A Lei mosaica (Lv 27,1-6) determinava obrigações
para as crianças de ambos os sexos, as quais deveriam
ser Apresentadas, Consagradas e Oferecidas a DEUS
por toda a vida, e os pais, para resgatá-las, tinham
que pagar um tributo em gramas de prata (ciclo de prata,
moeda da época).
Passavam-se os anos, MARIA crescia em graça,
beleza e formosura, mostrando grande interesse pelos
rolos de pergaminho da Escritura Sagrada,
que ficavam guardados num baú na casa que servia de
sinagoga, para as reuniões semanais dos judeus em Nazaré.
A idade de 12 anos, tanto para os rapazes como para
A idade de 12 anos, tanto para os rapazes como para
as moças israelitas, era um tempo de significado muito
especial, porque de acordo com o costume e a lei,
os rapazes passavam a gozar dos direitos civis,
tornando-se cidadãos judeus, e as moças eram
consideradas "gedulah", legalmente
autorizadas a se casar. Assim, atingida esta idade,
com o amparo da lei
eram elaborados os contratos de casamento.
Foi então, que ao completar os doze anos de idade,
aconteceu a primeira manifestação decidida de MARIA,
quanto ao ideal de sua vida. Seus pais conversando
sobre as formalidades da lei e o grande interesse dos
jovens por ela, abordaram o assunto
de um possível casamento.
Presume-se que ela, com o maior respeito
e sem ferir a obediência, deve ter argumentado,
dizendo que embora eles desejassem uma "aliança",
os seus sentimentos tinham evoluído em direção
a um projeto mais sublime.
Com certeza eles não compreenderam as palavras
Com certeza eles não compreenderam as palavras
da filha, contudo, mesmo sem entender a explicação,
confiaram, conscientes de que ela sempre demonstrara um procedimento amadurecido, com atitudes responsáveis
e um exato cumprimento das obrigações.
Na verdade, pelos manuscritos sagrados, MARIA
conheceu o CRIADOR e apaixonou-se por ELE,
pela grandeza do Amor Divino e a incomensurável
magnitude da misericórdia do SENHOR.
Vivia imaginando em pensamentos as manifestações
Divinas que lia nos papiros e seu amor crescia
cada vez mais. Tanto evoluiu e cresceu que atingiu
uma imensa grandeza, ocupando a sua mente
e todas as fibras do coração.
Ela sentia que era uma necessidade de sua alma
agradar a DEUS em todos os momentos de sua existência,
por isso, mesmo nos trabalhos diários, nas menores
e mais modestas ocupações, procurava faze-las com
interesse, zelo e perfeição, porque compreendeu também,
que todos os seus atos eram parte do viver cotidiano e,
portanto, se os fizessem revestidos de mais atenção
e amor, indubitavelmente ia agradar muito mais ao PAI ETERNO. E por isso, assim Ela procedia!...
Sempre preocupada em inovar, em descobrir um novo modo,
um gesto mais significativo ou mais carinhoso,
que mostrasse a delicadeza e a grandeza de seu amor,
para agradar ainda mais o CRIADOR, idealizou o cultivo
de uma virtude que a conduziu a uma decisão séria
e singular, qual seja, aquela de manter a virgindade,
como a melhor maneira que encontrou para agradar
o PAI ETERNO.
Mas naquele tempo, os costumes e a lei judaica não
prescreviam a virgindade, simplesmente ela não existia,
porque toda mulher devia se casar, ter os seus filhos
e criar a sua prole. Então evidencia-se a coragem
e a expressão máxima da força de vontade de uma mulher!
Ela imaginou um modo mais santo e genuíno de agradar
a DEUS e decididamente colocou-o em prática, tranquila
e sem temor. Arriscava-se a ser escarnecida
por sua comunidade, a ser considerada castigada pelo
SENHOR, por não se casar e não ter filhos.
Isto porque, segundo a lei, a mulher que não tivesse filhos
era considerada desonrada, tratava-se de um fato
ignominioso, considerado até mesmo um castigo Divino.
(Gn 30,23)(1 Sm 1,5-8)
Entretanto, MARIA permaneceu firme e inabalável
em sua resolução, no ideal secreto que somente
Ela e o PAI ETERNO conheciam.
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