terça-feira, 16 de junho de 2015

NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO





Comemorado no dia 21 de Novembro, tem um
 significado especial para os católicos, que vão à Pedra
 do Rosário para externar o agradecimento
 pela santa proteção.
Na manhã do dia 21 de novembro de 1753, alguns
 pescadores do Rio Potengi, quando lançaram a rede
 e ao puxá-la, encontraram um caixote que estava 
encalhado numa pedra.
Os pescadores pararam a embarcação no local,
 hoje chamado de Pedra do Rosário, para ver o que
 continha dentro do caixote.
Ao abrir, encontraram uma imagem da mãe de Nosso
 Senhor Jesus Cristo, com uma mão segurando o 
menino no colo e a outra mão estendida, aparentando 
sustentar alguma coisa. 
Logo, perceberam que era um rosário.
Junto à imagem estava uma mensagem: 
“Onde está imagem parar, nenhuma
 desgraça acontecerá”.
O vigário da Paróquia, naquela época, o padre Manoel 
Correia Gomes, informado sobre a descoberta, foi 
ao local e levou a imagem para a Matriz, sabendo que 
se tratava de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário.
Porém, a padroeira da cidade ficou conhecida por 
Nossa Senhora da Apresentação, porque no calendário
 litúrgico da Igreja Católica, o dia 21 de novembro,
 é o dia em que se festeja a apresentação da Mãe
 de Jesus no Templo, quando tinha cerca de 12 anos 
de idade, por esse motivo deram o nome a padroeira 
de Nossa Senhora da Apresentação.
A festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo
 foi instituída no ano de 1571.
A importância da devoção em Nossa Senhora com esta 
invocação, está no fato de que, como Mãe de Nosso
 Senhor Jesus Cristo, Ela é a mãe da Igreja,
 a mãe do povo de Deus.
Por isso devemos ter esse amor e veneração pela
 Virgem Maria, que á a mãe de todas as mães, 
a rainha da Família.

A Santíssima Virgem Maria, com apenas três anos 
de idade, em cumprimento de uma promessa feita pelos
 pais, foi levada ao templo, para ali, com outras meninas, 
receber educação adequada à sua idade e posição.
A comemoração da Apresentação de Nossa Senhora teve 
inicio no século VIII. 
Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, 
em 1372, só para a corte papal. 
Em Avignon, em 1585, 
Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.
A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios: 
A dos pais e da menina Maria Santíssima.
 São Joaquim e Sant’Ana ofereceram a Deus a filha
 no templo, quando esta tinha três anos.
Sem dúvida, foi para estes pais um sacrifício muito 
grande separar-se da filha que se achava numa idade
 em que há pais que queiram confiar os filhos 
a mãos estranhas.
Três anos é a idade em que a criança já recompensa 
de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, 
formulando palavras e fazendo já exercícios mentais
 que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo
 provas de gratidão e amor filiais.

São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação?

Por outro lado, maior ainda foi o sacrifício da Filha ao separar-se de seus pais. Sendo Ela a criatura entre todas a mais privilegiada, a separação para Ela significava uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor.

O sacrifício que oferecia Ela o fez com suma generosidade, sem reservas, para sempre, com contentamento e júbilo.


O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”; E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a
minha juventude”.



Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina! Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?

A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores”.

Santo era o lugar onde Maria Santíssima vivia. Era o templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas; era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia fazer entrada.

Naquele templo a menina Santíssima rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”.

Segundo foi revelado à Santa Isabel da Hungria, todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte:

1) alcançar as virtudes da humildade, paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.

Maria Santíssima era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao azedume e ao amor próprio. Era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros.
Assim foi santíssima a vida de Maria no templo. 
O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito 
da esposa, mais do que qualquer outra criatura.
À Maria Santíssima aplicam-se as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era pequena, procurei a
 sabedoria na oração. 
Na entrada do templo instava por ela… 
Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração 
nela se alegrou e desde a mocidade procurei
 seguir-lhe o rastro”.
De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas
 vezes a circunstância de que Ele crescia 
em graça e santidade.
 Como Nosso Senhor Jesus Cristo, também Maria 
Santíssima cresceu em graça e sabedoria diante
 de Deus e dos homens.
Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens
 grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico:
“Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste
 no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes
 e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos 
campos e qual plátano, sou exaltada junto
 da água nas praças.

Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem 
cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida 
derramei odor de suavidade na minha habitação;
 como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume 
e as minhas flores são frutos de honra
 e de honestidade”.
Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como 
a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo
 Maria preparar-se para a realização na História: 
a Encarnação do Verbo Eterno.
Dessa forma, a festa da Apresentação de Nossa Senhora 
encerra belos ensinamentos para a família cristã, 
para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que São Joaquim e Santa Ana?
Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão! 
Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e 
às paixões, mas a Deus.
Todos nós, vemos em Maria Santíssima o exemplo que 
devemos imitar, se quisermos que nossa vida seja
 agradável a Deus.
Oração, pureza de alma e de corpo, e a devida dedicação
 ao trabalho – eis os valores principais da vida de
 verdadeiros católicos.




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