terça-feira, 18 de agosto de 2015

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS






1ª Aparição

Na noite de 18 para 19 de julho de 1830, em Paris
 (Rue du Bac), Nossa Senhora apareceu à irmã Catarina Labouré, filha da Caridade de São Vicente de Paulo.
 Por volta das onze e meia da noite, Catarina, que dormia, 
foi acordada por um chamado insistente: 
"Irmã, Irmã, Irmã!" Olhou para o lado de onde vinha
 a voz, e viu um menino vestido de branco, a quem 
reconheceu como seu anjo da guarda. Ele lhe disse:
 "Venha à capela, a Santa Virgem te espera". 
Conduzida à capela, Catarina espera e reza. 
Passada uma meia hora, o anjo anunciou de súbito 
"Eis a Santíssima Virgem". Ao lado do altar, onde 
normalmente se lê a epístola, Maria desceu, dobrou
 o joelho diante do Santíssimo Sacramento e vai sentar-se
 numa cadeira no coro dos sacerdotes. Num abrir e fechar
 de olhos a vidente se atirou aos seus pés, apoiando suas
 mãos sobre os joelhos maternais de Nossa Senhora. 
Foi esse o momento mais belo de sua vida. 

Durante duas horas Maria falou com Catarina duma
 missão que Deus queria confiá-la e também das dificuldades 
que iria encontrar na realização da mesma. Depois Maria desapareceu, e o anjo a reconduz ao dormitório.

2ª Aparição

Em 27 de novembro de 1830, ela aparece novamente 
e encarrega Catarina de mandar cunhar uma medalha 
e depois difundi-la. Nessa aparição, Nossa Senhora 
apresentou-se vestida de seda branca como a aurora. 
Suas mãos erguidas à altura do peito, seguravam 
um globo dourado, encimado por uma cruz. 
Tinha os olhos elevados ao céu, e seu rosto iluminava
 -se enquanto oferecia o globo ao Senhor.
 Em seguida, as mãos da Virgem pareceram carregar-se
 de anéis preciosos. Os raios que partiam de suas mãos alargavam-se à medida que desciam, a ponto de não
 deixarem ver os pés de Nossa Senhora.

Enquanto contemplava Maria, Catarina ouviu
 interiormente: "Este globo que vês representa o mundo 
inteiro e especialmente a França, e cada pessoa
 em particular. 
Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre 
as pessoas que me pedem".
Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, 
o globo desaparece de suas mãos. Forma-se então um 
quadro de forma oval em que havia em letras de ouro
 as seguintes palavras: "Ó Maria, concebida sem pecado,
 rogai por nós que recorremos a vós".

Então Nossa Senhora revelou: "Faze cunhar uma 
medalha conforme este modelo. 
As pessoas que a trouxerem ao pescoço receberão
 grandes graças. 
As graças serão abundantes para os que a trouxerem 
com inteira confiança".
 No mesmo instante, a imagem luminosa transformou-se. 
As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo, 
abaixaram-se, abrindo e despejando raios, sobre o globo 
agora abaixo dos pés da Virgem, esmagando 
a serpente infernal.

Depois, o quadro voltou-se, mostrando no reverso um 
conjunto de emblemas. 
No centro um grande M, o monograma de 
Maria, encimado por uma cruz sobre uma barra, 
e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos,
 o da direita transpassado por uma espada. 
Eram os Sagrados Corações de Jesus e Maria. 
Cercando esse conjunto, uma constelação de 12 estrelas, 
em forma oval. 
A Santa tinha de fato uma grandiosa missão pela frente. 
Como o padre confessor Gian Maria Aladel não lhe deu 
crédito (nisso residiriam as dificuldades prenunciadas 
por Maria), Nossa Senhora apareceu novamente e insistiu
 para que se fizesse a medalha. Catarina fala novamente
 com o confessor, que se reúne com o bispo tendo em vista 
uma decisão. Finalmente, em 1832 seria cunhada a 
medalha de acordo com as instruções 
da Virgem Maria.

Prodígios e propagação da Medalha Milagrosa

Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma 
terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa 
oriental, atingia Paris. O flagelo se manifestou a 26 de 
março de 1832 e se estendeu até meados do ano.
 A 1º de abril, faleceram 
79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim
 foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. 
No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente.
Na realidade, esse número foi maior, dado que as 
estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números
 para evitar a intensificação
 do pânico popular. No dia 30 de junho, foram entregues 
as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas
 à Casa Vachette e as religiosas Filhas da Caridade 
começaram a distribuí-las entre os flagelados. 
Na mesma hora, refluiu a peste e começaram, em série, 
os prodígios de conversão, proteção e cura, que em poucos 
anos tornaram a Medalha Milagrosa mundialmente 
conhecida. Perante os fatos, o Arcebispo de Paris, Monsenhor
 de Quélen, ordenou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da Medalha da Rue du Bac. 
Deste concluiu-se que
 "A rápida propagação, o grande número de medalhas 
cunhadas e distribuídas, os admiráveis benefícios 
e as graças singulares obtidas, parecem sinais do Céu, 
que confirmam a realidade 
das aparições, a veracidade das narrativas da vidente 
e a difusão da medalha."

A Medalha Milagrosa continua sendo distribuída
 aos milhares. Maximiliano Kolbe, fundador da Milícia
 da Imaculada, morto num campo de extermínio nazista, 
foi um grande propagador da Medalha Milagrosa.
 A medalha é um sinal de que seu portador pertence à 
Virgem Maria. 
Por isso, Maria tem por ele um carinho de Mãe, 
todo especial.


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