quarta-feira, 6 de julho de 2016

NOSSA SENHORA DE LOURDES- 1ª PARTE







Lourdes é uma pequena cidade localizada 
no sudoeste da França, nos montes Pireneus,
 pertencente à diocese de Tarbes; um dos santuários marianos mais frequentados.
No local das aparições, passa o rio Gave.
Ao lado está o rochedo Massabielle. 
Esta rocha forma uma reentrância oval, 
que é a chamada gruta Massabielle, onde Nossa 
Senhora apareceu 18 vezes, no ano de 1858.



História da Aparição.

1ª Aparição - 11 de fevereiro de 1858. 
Quinta Feira, um dia como outros. 
Era inverno; às 11 horas da manhã,
 quando Bernadete observou que tinha 
acabado a lenha.
 Seu pai estava ainda deitado. 
Não tinha trabalho. Economizava as forças
 para outro dia. 0 tempo não era convidativo
 para sair de casa. Chuviscava e havia nevoeiro. 
Logo apanhou sua capa, chamou sua irmã 
Antonieta Peyret (companheira de Bernardette) 
e convidou Joana Abadie, uma moça robusta
 e forte, para acompanhá-las.
A mãe proibiu: "Bernadete, não".
Ela pensava no frio que fazia e que poderia trazer 
consequências à asma de sua filha. 
Mas ela insistiu carinhosamente, dizendo-lhe 
que teria cuidado para não se molhar e que iria
 com o capuz branco e o chale. 
A mãe concordou.
Saem as três meninas no afã de cumprirem 
a tarefa, passam pela pradaria do Paraíso.
 A ponte do canal que movimenta o moinho Savy,
 entram na pradaria do senhor La Fitte 
e chegam na ponta de areia do rio Gave. 
À esquerda, levanta-se uma rocha íngreme,
 com uma gruta na base. 
É a chamada gruta Massabieille . 
Embora é chamada de gruta, na verdade, ela
é constituída de  uma acentuada 
concavidade na rocha.
 A água do canal que movimenta os moinhos,
 banha-lhe o lado esquerdo e segue
 em direção ao Gave.
Joana passa para o outro lado do canal, com 
o pequeno feixe de lenha na cabeça. 
Antonieta faz o mesmo, levando a lenha na mão. 
Como já do outro lado, as duas se manifestaram,
dizendo que a água do canal estava muito gelada, Bernadette permaneceu ali, sem saber o que fazer,
 com receios de pisar na água fria, por causa da
 asma, lembrando-se das recomendações de sua mãe.
Enquanto as duas corriam pela praia do Gave,
a procura de lenha, ela depois de procurar sem êxito, 
um lugar melhor para atravessar, sentou-se 
na margem do canal, em frente à gruta, 
tirou uma das meias e preparava-se para tirar 
a meia do outro pé, quando de repente, 
ouviu um barulho, "como se fosse um sopro de vento". 
Não vê nada.
Olhou para trás e observou que as folhas das
 árvores não se moviam.
Apareceu uma "luz suave" que iluminou 
profusamente todo aquele lugar sombrio.
E, no meio dela, surge uma SENHORA maravilhosa, aparentando a idade de 16 a 18 anos.
Estava de pé, vestida de branco.
O véu que cobria a cabeça descia até os pés.
Em redor da cintura, tinha uma estreita faixa azul.
No braço direito, levava um terço.
 Mantinha as mãos juntas e, nos pés, viam-se 
duas rosas douradas.
Abre os braços num gesto de acolhimento, 
como quem convida à aproximar-se. 
Ela fica espantada. É como se tivesse medo.
 "Não para fugir explica melhor, mas pela emoção
 do inusitado e adorável encontro". 
Esfregou os olhos diversas
 vezes, para inteirar-se que não era um sonho.
Que realmente estava diante de uma visão
 encantadora, que lhe sorria afetuosamente.
Então conta, Bernadette:
- "Coloquei a mão no bolso e encontrei o terço. 
Queria fazer o Sinal da Cruz, mas não pude levar
 a mão até a cabeça.
 A mão caiu-me. 0 espanto apossou-se de mim 
mais fortemente, a minha mão tremia.
A visão fez o Sinal da Cruz. 
Então tentei a segunda vez.
 E então pude. Logo que fiz o Sinal da Cruz,
 a grande comoção que sentia desapareceu.
 Pus-me de joelhos 
e rezei o terço na presença dessa linda Senhora. 
A Visão fazia passar as contas do Seu Terço
 com os dedos, mas não mexia os lábios. 
Quando acabei o terço, ELA fez um sinal para aproximar-me. Mas não ousei. Então desapareceu 
de repente".
Depois do extraordinário acontecimento, Bernadete 
sentiu uma imensa felicidade que envolveu 
completamente a sua alma, de uma deliciosa 
satisfação que lhe tirava todas as forças, 
para qualquer iniciativa.
Atravessou o canal sem dificuldades.
 As águas estavam ligeiramente "aquecidas". 
Sentou-se numa das grandes pedras que se 
encontravam na entrada da gruta e permaneceu 
silenciosa e pensativa.
Voltam suas companheiras com uma boa provisão
 de lenha e começam a dançar e pular na entrada 
da gruta, para comemorar o êxito da missão.
Não gostando de vê-las assim, para distraí-las pergunta:
- "Não viram nada"?
- "E tu, que é que viste"?
Ela compreende o mistério que acabava de 
acontecer e sente que terá que guardar este segredo, 
e por isso muda de assunto:
- "Sois umas enganadoras. Vocês disseram que 
a água do canal estava fria, achei-a agradável, 
estava morna".
Antonieta e Joana não a levaram a sério, 
porque quando atravessaram o canal, a água
 estava tão gelada, que do outro
 lado, tiveram que esfregar os pés, fazendo
 massagem para aquecê-los.
Bernadette sentindo necessidade de falar, de contar 
aquela maravilhosa experiência, em duas palavras
 narra tudo a Antonieta. Mas a irmã não acredita 
e pensa que Bernadette está querendo
 incutir-lhe medo. 
Pega a lenha e também acelera o passo para casa.
Mas o caso dá para pensar, porque o acontecido 
é por demais singular.
Antonieta, apesar de ter prometido, em casa,
 na primeira oportunidade, "bate com a língua nos
 dentes" e conta tudo à sua mãe. 
Luiza fica assustada "e quer saber toda história 
e muito direitinho"!
Por isso, convoca a filha. Entre o susto e o medo, 
ela quase nada falou.
 Sua mãe a repreende por tal comportamento 
e o pai, que ainda estava deitado, acrescenta que
 não quer  os olhares dos outros caçoando
 de ninguém da família.
À noite, na hora das orações, chorou muito.
Estava bastante comovida com tudo o que 
lhe havia acontecido. 
Sua mãe faz-lhe outras perguntas, 
mas ela nada respondeu.
Entretanto, no dia seguinte, ela sente-se atraída 
a voltar à gruta. 
A mãe não lhe deixa e imperiosamente ordena: 
"Para o trabalho". Ela obedece.
Na tarde de sábado, dia 13, decide ir confessar-se. 
Conta tudo ao padre Pomian, que, silenciosamente,
ouviu o depoimento. 



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