quinta-feira, 14 de julho de 2016

NOSSA SENHORA DE LOURDES-2ª PARTE






Era aguardado com grande expectativa porque era
 o último da quinzena de aparições. 
A polícia pediu reforço policial de d'Argelès 
e de Saint Pé, cidades vizinhas de Lourdes, para 
 ajudar na manutenção da ordem, no sentido
 de evitar qualquer excesso.
 A estimativa era para mais de 8.000 pessoas 
ao redor da gruta. Para que Bernadette, pudesse
 chegar ao local, fizeram uma passarela de madeira, 
que lhe facilitou o acesso.
 Ela veio acompanhada de sua prima Joana Véderè, 
que tinha 30 anos de idade e ficaram juntas perante 
a Aparição.
Ajoelharam e começaram a rezar o terço.
 Quando iniciavam a terceira Ave Maria da segunda dezena, entrou em êxtase.
A multidão com o olhar acompanhava tudo e apreciava 
 beleza do Sinal da Cruz que ela fazia.
0 comissário Jacomet tirou o seu caderninho de 
Notas e escreveu "34" sorrisos e "24" saudações 
em direção a gruta.
Terminada a Aparição, apagou a vela e, indiferente 
a presença de toda aquela gente, tomou o caminho 
de sua casa.
Muitos ficaram desapontados e perplexos,
 porque esperavam algum milagre ou
 alguma revelação. 
Não aconteceu nada, visualmente. 
No ar ficaram muitas perguntas e uma grande 
expectativa: será que terminaram as Aparições?
Maria Bernarda foi encontrar-se, com o Senhor 
Abade e dar-lhe notícias do "encontro".
- "Que te disse a Senhora"?
- "Perguntei-lhe o nome... Ela sorriu. 
Pedi-lhe para fazer florir a roseira, ela sorriu 
outra vez. Mas ainda quer a Capela".
- "Tu tem dinheiro para fazer essa Capela"?
- "Não, Senhor Abade".
- "Eu também não . Diz à Senhora que lhe dê".
Peyramale estava desconsolado por não ter obtido nenhuma informação segura, sobre a Aparição. 
Ela também, mas sem poder fazer nada, voltou 
triste para casa.
No dia 18 de março é submetida a um severo
 interrogatório e declara:
- "Não penso ter curado quem quer que seja
 e de resto não fiz nada para isso.
 Não sei se voltarei à gruta".
Mas independentemente das aparições continuarem 
ou não, a afluência era cada vez maior. 
Diariamente muitas pessoas iam lá para rezar, 
para recolher água da fonte ou para bebê-la. 
Todos acreditavam que quem esteve lá foi a
 Santíssima Virgem. As velas multiplicavam-se 
no dia 18 eram 10 ; no dia 19 havia 21 velas; 
já no dia 23, colocaram no nicho das aparições,
  uma imagem de gesso da Virgem Maria, doada 
por um senhor, Felix Maransin
Do dia 4 de março quando ocorreu a última
 aparição, ou seja a 15ª, até o dia 25 do mesmo mês, Bernadete procurava levar uma vida normal, ao lado de seus familiares no "cachot". Mas foi impossível, 
porque era solicitada para interrogatórios, por
 visitantes que faziam filas intermináveis à porta 
de sua casa, querendo conversar, abraçá-la e pedir-lhe
 que tocasse com as mãos em objetos que levavam.
 Eram pessoas que buscavam graças e outras que
 vinham contar milagres alcançados pela bondade 
e o carinho intercessor de Nossa Senhora.
Não tinha mais sossego. Às vezes quase perdia a
 paciência:
- "Tragam-me todos ao mesmo tempo".
De outras vezes, cansada, precisando de repouso. 
queria isolar-se:
- "Fechem a porta à chave"!
E jamais aceitou e não deixou que nenhum 
de seus familiares aceitassem gratificações em dinheiro 
ou presentes, por qualquer razão que fosse:
- "Isso queima-me! Por favor, não façam isso"!
Quando perguntavam-lhe se a Dama voltaria, 
simplesmente dizia que não sabia. 
Só podia afirmar que ELA queria sempre uma 
Capela e que os sacerdotes fossem em procissão 
à gruta. 



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