sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

MARIA DE NAZARÉ






Nazaré: o lugar onde Deus encarnou no seio de uma 
Virgem. Foi aí que A Virgem Maria viveu o quotidiano
 de todas as mães. A sua vida era humilde e oferecida 
a Deus através das ocupações de todos os dias : 
o cuidado da casa e do quintal, o apoio a José no seu
 trabalho, a educação de Jesus, a oração em família 
e na sinagoga, a vida social e de vizinhança. 
Como todas as mães do mundo... Como todas as mães...,
 mas tendo por filho Aquele que se tornará o
 Salvador do mundo! Assim se desenvolve em Nazaré, 
onde Maria e José vão rodear de cuidados o Verbo de 
Deus feito homem, durante os trinta primeiros anos da
 sua vida terrestre (a sua vida "oculta"), toda uma
 espiritualidade da vida familiar : a espiritualidade 
de Nazaré, simples e imitável pelas nossas
 famílias humanas.

Maria nasceu em Nazaré, de pais muito religiosos,
 chamados Joaquim e Ana. Joaquim, da estirpe de 
David (Lc 1, 32)  e Ana da estirpe de Aarão
(Lc 1,5; 1,36. Mesmo sendo pequenos proprietários, 
eram de condições econômicas modestas,
 todavia eram ricos de santidade e de virtudes.

Maria, quando criança foi oferecida ao templo, para 
a sua educação e o culto. Morou perto do templo, 
onde viviam outras mulheres que cuidavam da
 ornamentação (Es 38,8) e das orações. (Lc 2,36). 
Aos 14 anos, deram-na em casamento a José, que era 
carpinteiro e morava em Nazaré.
 Todavia, Maria continuou a viver na casa da sua
 família, ainda por um ano, que era o tempo estabelecido
 dos Judeus, tempo entre o casamento 
e a entrada na casa do marido. 
E é ali que Ela recebeu o anúncio do Anjo Gabriel:

O anjo a cumprimenta "Cheia de Graça" (Lc 1,26)
 e comunica que Ela será a Mãe do Messias, 
do Filho de Deus. Maria, preocupada, pergunta como 
seria possível à realização do que lhe foi comunicado
 e, tendo tido a segurança da parte do Anjo que a sua
 maternidade seria obra do Espírito Santo, diz: 
"Eis a serva do Senhor,  faça de mim segundo
 a tua palavra" (Lc 1,38). Maria aceita com resignação,
 devido ao profundo conhecimento das Sagradas 
Escrituras e das iluminações particulares da graça,
 dos sofrimentos que deverá enfrentar 
o Messias, o Salvador.

Maria vai visitar a sua prima Isabel que se encontrava 
nos seus últimos 3 meses de gravidez e fica com ela até 
o nascimento do João Batista. Isabel morava na Judeia 
que fica a 150 km da Nazaré, na Galileia. 
Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha 
no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 
E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre! E donde me provém isto,
 que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? 
Pois, logo que me soou aos ouvidos a voz da tua saudação,
 a criancinha saltou de alegria dentro de mim. 
Bem-aventurada aquela que acreditou que hão de se 
cumprir as coisas que da parte do Senhor 
lhe foram ditas. (Lc 1,42)

Maria não consegue segurar a sua felicidade e louva 
a Deus no Cântico: "A alma minha magnífica o Senhor
 e o meu espírito exulta em Deus meu salvador..."

Quando Maria volta à Nazaré, experimenta a 
dolorosíssima experiência da perplexidade de José,
 colocado de frente à uma maternidade que ele não
 conhecia a causa (Mt 1,18). Maria sofre e cala. 
Espera que Deus venha em sua ajuda. Em um sonho, 
um anjo faz desaparecer as dúvidas de José que
 apressa a cerimônia da festa de entrada na casa do marido.

Um edital de César Augusto que ordenava o 
recensiamento (Lc 2,1), obriga o casal a comparecer 
à cidade de origem, a Belém na Judeia. 
A viagem é cansativa.
 Seja pelas condições desconfortáveis, seja pelo 
estado de Maria, já próxima a maternidade. 
Não encontram onde dormir à Belém.
 Maria dá a luz ao seu filho, em uma gruta na zona
 campestre de Belém (Lc 2,7). 
Alguns pastores vêm visitá-los 
e ajudá-los (Lc 2,16).

Vindo o tempo da purificação, segundo a lei de Moisés,
 vão ao templo para oferecer o primogênito ao Senhor. 
No templo, encontram Simeão o qual anuncia a Maria 
que uma espada traspassará a sua alma.

Chegam, do oriente, os Reis Magos à procura do recém-
nascido, rei dos Judeus. Com essa notícia, Herodes ficou 
muito inquieto. Quando os Reis Magos encontraram
 a criança ofereceram a eles dons e trouxeram à Sagrada
 Família um pouco de consolação.

Depois da partida deles, um Anjo do Senhor apareceu a 
José e o orienta a fugir com a família para o Egito. 
Nisso Herodes procura a criança para matá-la. 
A viagem é de 500 km e grande parte no deserto. 
No Egito, eles vivem uma penosa experiência.

Após a morte de Herodes, a Sagrada Família se estabelece
 a Nazaré (Mt 2,13), levando uma vida pobre, de trabalho
 e devoção. Reencontramos Jesus no templo, à idade
 de 12 anos, no episódio do seu desaparecimento 
e descoberta, que já pensa a servir "o seu Pai" (Lc 2,41).

Não são descritos outros episódios. Presume-se que 
passaram mais de 20 anos de trabalho e Jesus deixa sua 
Mãe, já viúva e inicia a sua missão. Reencontramos Maria
 no casamento de Caná, onde consegue de Jesus, o 
seu primeiro milagre, em favor do casal. 
Maria, às vezes seguia Jesus em suas peregrinações 
apostólicas ( Lc 8,3).

Maria, durante a Paixão de Jesus, certamente o seguiu 
no Sinédrio, nos acontecimentos da quinta-feira Santa,
 na noite e na condenação à morte de Jesus, na flagelação 
e na crucificação. Maria, debaixo da cruz do Filho, escuta 
as suas últimas palavras. Ele dava, em custodia, 
sua mãe, ao discípulo favorito (João).
 Assim teve início a sua maternidade espiritual.

Depois da Ascensão, os Atos (1,14) lembram Maria junto
 aos discípulos, unidos em oração comum,
esperando o 
Espírito Santo. Assim Maria é o centro da vida da
 Igreja nascente.

A tradição nos diz que Maria seguiu o apóstolo João e que 
depois se adormeceu no Senhor onde logo depois 
ressuscitou e foi recebida no céu.

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