quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

NOSSA SENHORA DE CARAVAGGIO







A cidade de Caravaggio, terra da aparição,
 se encontrava nos limites dos estados de Milão 
e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão
 e Bérgamo. Ano de 1432, época marcada por divisões
 políticas e religiosas, ódio, heresias, batida por bandidos
 e agitada por facções, traições e crimes. 
Além disso, teatro da segunda guerra entre a República 
de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, 
uma batalha entre dois estados assustou o país.
Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira,
 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa
 Senhora a uma camponesa. 
A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida 
como piedosa e sofredora. 
A causa era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado
 conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. 
Maltratada e humilhada, Joaneta colhia pasto 
em um prado próximo, chamado Mezzolengo, 
distante 2 Km de Caravaggio.

Entre lágrimas e orações, Joaneta avistou uma senhora
 que, na sua descrição, parecia uma rainha, mas que se 
mostrava cheia de bondade.
 Dizia-lhe que não tivesse medo, mandou que se ajoelhasse
 para receber uma grande mensagem. 
A senhora anuncia-se como “Nossa Senhora” e diz:
 “Tenho conseguido afastar do povo cristão,
 os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça
e venho anunciar a Paz”. 
Nossa Senhora de Caravaggio pede ao povo que
 volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras
 e vá orar na igreja no sábado à tarde em agradecimento 
pelos castigos afastados e pede que lhe seja 
erguida uma capela. 
Como sinal da origem divina da aparição e das graças 
que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam
 seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante,
 existente até os dias de hoje e nela muitos doentes
 recuperam a saúde.
Joaneta na condição de porta-voz, leva ao povo e 
aos governantes o recado da Virgem Maria,
 para solicitar-lhes, em nome de Nossa Senhora, 
os acordos de paz. 
Apresenta-se a Marcos Secco, senhor de Caravaggio, 
ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, 
ao imperador do Oriente, de Constantinopla,
 João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos
 com o Papa de Roma. Em suas visitas, levava ânforas
 de água da fonte Sagrada, que resultavam em curas 
extraordinárias, prova de veracidade da aparição.
Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. 
A Paz aconteceu na Pátria e na própria igreja.
Até mesmo Francisco melhorou nas suas atitudes
 para com a esposa Joaneta. Sobre ela, após cumprida
 a missão de dar a mensagem de Maria ao povo, aos estados 
em guerra e à própria Igreja Católica, os historiadores
 pouco ou nada falam. Por alguns anos foi visitada 
a casa onde ela morou que, com o tempo 
desapareceu no anonimato.

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