sábado, 10 de janeiro de 2015

INFÂNCIA DE MARIA






Sua infância foi normal, alegre e tranquila, como 
de todas as crianças que são cercadas pelos carinhos 
e atenções dos pais e parentes.
Aos três anos de idade em atendimento aos preceitos 
da lei judaica, foi levada ao Templo em Jerusalém,
 para ser Consagrada e Apresentada a DEUS. 
A Lei mosaica (Lv 27,1-6) determinava obrigações
 para as crianças de ambos os sexos, as quais deveriam
 ser Apresentadas, Consagradas e Oferecidas a DEUS
 por toda a vida, e os pais, para resgatá-las, tinham 
que pagar um tributo em gramas de prata (ciclo de prata, 
moeda da época).



 
 
 
Passavam-se os anos, MARIA crescia em graça, 
beleza e formosura, mostrando grande interesse pelos 
rolos de pergaminho da Escritura Sagrada,
 que ficavam guardados num baú na casa que servia de
 sinagoga, para as reuniões semanais dos judeus em Nazaré.
A idade de 12 anos, tanto para os rapazes como para
 as moças israelitas, era um tempo de significado muito
 especial, porque de acordo com o costume e a lei, 
os rapazes passavam a gozar dos direitos civis,
 tornando-se cidadãos judeus, e as moças eram
 consideradas "gedulah", legalmente 
autorizadas a se casar. Assim, atingida esta idade, 
com o amparo da lei
 eram elaborados os contratos de casamento.





Foi então, que ao completar os doze anos de idade, 
aconteceu a primeira manifestação decidida de MARIA, 
quanto ao ideal de sua vida. Seus pais conversando 
sobre as formalidades da lei e o grande interesse dos 
jovens por ela, abordaram o assunto
 de um possível casamento. 
Presume-se que ela, com o maior respeito
 e sem ferir a obediência, deve ter argumentado, 
dizendo que embora eles desejassem uma "aliança",
 os seus sentimentos tinham evoluído em direção 
a um projeto mais sublime.
Com certeza eles não compreenderam as palavras 
da filha, contudo, mesmo sem entender a explicação,
 confiaram, conscientes de que ela sempre demonstrara um procedimento amadurecido, com atitudes responsáveis 
e um exato cumprimento das obrigações.





Na verdade, pelos manuscritos sagrados, MARIA 
conheceu o CRIADOR e apaixonou-se por ELE,
 pela grandeza do Amor Divino e a incomensurável
 magnitude da misericórdia do SENHOR. 
Vivia imaginando em pensamentos as manifestações 
Divinas que lia nos papiros e seu amor crescia 
cada vez mais. Tanto evoluiu e cresceu que atingiu
 uma imensa grandeza, ocupando a sua mente 
e todas as fibras do coração.
 Ela sentia que era uma necessidade de sua alma 
agradar a DEUS em todos os momentos de sua existência,
 por isso, mesmo nos trabalhos diários, nas menores 
e mais modestas ocupações, procurava faze-las com
 interesse, zelo e perfeição, porque compreendeu também, 
que todos os seus atos eram parte do viver cotidiano e,
 portanto, se os fizessem revestidos de mais atenção
 e amor, indubitavelmente ia agradar muito mais ao PAI ETERNO. E por isso, assim Ela procedia!...
 Sempre preocupada em inovar, em descobrir um novo modo,
 um gesto mais significativo ou mais carinhoso, 
que mostrasse a delicadeza e a grandeza de seu amor, 
para agradar ainda mais o CRIADOR, idealizou o cultivo
 de uma virtude que a conduziu a uma decisão séria 
e singular, qual seja, aquela de manter a virgindade, 
como a melhor maneira que encontrou para agradar
 o PAI ETERNO.




Mas naquele tempo, os costumes e a lei judaica não
 prescreviam a virgindade, simplesmente ela não existia,
 porque toda mulher devia se casar, ter os seus filhos 
e criar a sua prole. Então evidencia-se a coragem 
e a expressão máxima da força de vontade de uma mulher! 
Ela imaginou um modo mais santo e genuíno de agradar
 a DEUS e decididamente colocou-o em prática, tranquila 
e sem temor. Arriscava-se a ser escarnecida
 por sua comunidade, a ser considerada castigada pelo
 SENHOR, por não se casar e não ter filhos. 
Isto porque, segundo a lei, a mulher que não tivesse filhos
 era considerada desonrada, tratava-se de um fato
 ignominioso, considerado até mesmo um castigo Divino.
 (Gn 30,23)(1 Sm 1,5-8) 



 Entretanto, MARIA permaneceu firme e inabalável
 em sua resolução, no ideal secreto que somente 
Ela e o PAI ETERNO conheciam.

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