quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

NOSSA SENHORA DE CZESTOCHOWA





              A Madona Negra Czestochowa, Polônia (1382)
        A Madona Negra é uma pintura de Nossa Senhora com 
o Menino Jesus, cuja lenda atribui a sua autoria ao
 Evangelista S. Lucas. Acredita-se que S. Lucas a pintou
 sobre um tampo de madeira duma mesa feita por Jesus carpinteiro. Teria sido enquanto posava para Lucas
 que Maria relatou-lhe os pormenores da Anunciação
 e da infância de Jesus que Lucas, mais tarde, incorporaria
 ao seu evangelho. A pintura apareceria novamente em
 326 d.C., quando Sta. Helena a teria localizado em Jerusalém, por ocasião de uma peregrinação à Terra Santa. 
Ela presenteou a pintura a seu filho, o Imperador 
Constantino, que mandou construir para ela um santuário 
em Constantinopla. Numa batalha crítica contra os sarracenos, 
a pintura foi exibida sobre os muros da cidade e os sarracenos foram então derrotados. O crédito da salvação da cidade
 foi atribuído à pintura. 







Mais tarde, ela passou às mãos de Carlos Magno, 
que depois a presenteou ao príncipe Léo da Rutênia 
(Hungria). Ela permaneceu no palácio real da Rutênia 
até à invasão do séc. XI. O rei orou à Nossa Senhora,
 para que auxiliasse seu pequeno exército; em resposta 
às suas súplicas, uma densa escuridão desceu 
sobre as tropas inimigas, as quais, em sua confusão, 
começaram a atacar-se mutuamente. 
A Rutênia foi salva, devido a esta intervenção. 
No séc. XIV, ela foi transferida para o Monte de Luz 
(o Santuário de Jasna Gora), na Polônia, em resposta
 a uma solicitação feita num sonho ao príncipe 
Ladislau de Opola. 



 

Esta história legendária passou a ser melhor
 documentada a partir do príncipe Ladislau.
 Em 1382, invasores tártaros atacaram a fortaleza do
 príncipe em Belz. No curso deste ataque, uma seta tártara
 atingiu a pintura, alojando-se na garganta da Madona.
 O príncipe, temendo que ele próprio e a pintura famosa 
viessem a cair em mãos dos tártaros, fugiu durante a noite, refugiando-se na cidade de Czestochowa, onde a pintura
 foi alojada numa pequena igreja. 
A seu tempo, o príncipe fez construir um mosteiro Paulino 
e uma igreja, a fim de abrigar em segurança a imagem. 
Em 1430, os hussitas invadiram o mosteiro e tentaram
 levar o retrato. Um dos invasores atingiu duas vezes a
 pintura com sua espada, mas antes de desferir uma terceira estocada, caiu ao solo em agonia e morreu.
 Tanto os cortes a espada como a perfuração pela seta são
 ainda visíveis no quadro.
Mais tarde, em 1655, a Polônia foi quase que totalmente
 tomada pelas forças do rei da Suécia, Carlos X.
 Apenas a área em torno do mosteiro remanesceu
 inconquistada. De algum modo, os monges lograram 
resistir a um cerco de quarenta dias, até que a Polônia
 rechaçou os invasores de todo o seu território. 
Após esta notável sequência de eventos, Nossa Senhora
 de Czestochowa tornou-se o símbolo da unidade nacional
 e foi coroada Rainha da Polônia. 
O rei da Polônia colocou oficialmente o país sob 
a proteção de Nossa Senhora. 
Uma lenda mais recente em torno da pintura envolve
 a ameaça de invasão da Polônia pela Rússia. 
Em 1920, o exército russo foi avistado manobrando
 maciçamente, nos bancos de areia do rio Vistula, 
ameaçando Varsóvia, quando uma imagem da Virgem 
apareceu nas nuvens sobre a cidade. 
As tropas russas retiraram-se à sua vista.
Ao longo dos séculos, muitos foram os testemunhos 
de curas e outros fenômenos milagrosos ocorridos com
 fiéis que peregrinaram à pintura.
 Ela é conhecida como "A Madona Negra" por causa
 da fuligem acumulada sobre a sua superfície, fruto 
de séculos de velas, votivas queimadas junto a ela. 
Com o declínio do comunismo na Polônia,
 as peregrinações à Madona Negra 
aumentaram notavelmente.

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