A Madona Negra Czestochowa, Polônia (1382)
A Madona Negra é uma pintura de Nossa Senhora com
o Menino Jesus, cuja lenda atribui a sua autoria ao
Evangelista S. Lucas. Acredita-se que S. Lucas a pintou
sobre um tampo de madeira duma mesa feita por Jesus carpinteiro. Teria sido enquanto posava para Lucas
que Maria relatou-lhe os pormenores da Anunciação
e da infância de Jesus que Lucas, mais tarde, incorporaria
ao seu evangelho. A pintura apareceria novamente em
326 d.C., quando Sta. Helena a teria localizado em Jerusalém, por ocasião de uma peregrinação à Terra Santa.
Ela presenteou a pintura a seu filho, o Imperador
Constantino, que mandou construir para ela um santuário
em Constantinopla. Numa batalha crítica contra os sarracenos,
a pintura foi exibida sobre os muros da cidade e os sarracenos foram então derrotados. O crédito da salvação da cidade
que depois a presenteou ao príncipe Léo da Rutênia
(Hungria). Ela permaneceu no palácio real da Rutênia
até à invasão do séc. XI. O rei orou à Nossa Senhora,
para que auxiliasse seu pequeno exército; em resposta
às suas súplicas, uma densa escuridão desceu
sobre as tropas inimigas, as quais, em sua confusão,
começaram a atacar-se mutuamente.
A Rutênia foi salva, devido a esta intervenção.
No séc. XIV, ela foi transferida para o Monte de Luz
(o Santuário de Jasna Gora), na Polônia, em resposta
a uma solicitação feita num sonho ao príncipe
Esta história legendária passou a ser melhor
documentada a partir do príncipe Ladislau.
Em 1382, invasores tártaros atacaram a fortaleza do
príncipe em Belz. No curso deste ataque, uma seta tártara
atingiu a pintura, alojando-se na garganta da Madona.
O príncipe, temendo que ele próprio e a pintura famosa
viessem a cair em mãos dos tártaros, fugiu durante a noite, refugiando-se na cidade de Czestochowa, onde a pintura
foi alojada numa pequena igreja.
A seu tempo, o príncipe fez construir um mosteiro Paulino
e uma igreja, a fim de abrigar em segurança a imagem.
Em 1430, os hussitas invadiram o mosteiro e tentaram
levar o retrato. Um dos invasores atingiu duas vezes a
pintura com sua espada, mas antes de desferir uma terceira estocada, caiu ao solo em agonia e morreu.
Tanto os cortes a espada como a perfuração pela seta são
ainda visíveis no quadro.
Mais tarde, em 1655, a Polônia foi quase que totalmente
Mais tarde, em 1655, a Polônia foi quase que totalmente
tomada pelas forças do rei da Suécia, Carlos X.
Apenas a área em torno do mosteiro remanesceu
inconquistada. De algum modo, os monges lograram
resistir a um cerco de quarenta dias, até que a Polônia
rechaçou os invasores de todo o seu território.
Após esta notável sequência de eventos, Nossa Senhora
de Czestochowa tornou-se o símbolo da unidade nacional
e foi coroada Rainha da Polônia.
O rei da Polônia colocou oficialmente o país sob
a proteção de Nossa Senhora.
Uma lenda mais recente em torno da pintura envolve
a ameaça de invasão da Polônia pela Rússia.
Em 1920, o exército russo foi avistado manobrando
maciçamente, nos bancos de areia do rio Vistula,
ameaçando Varsóvia, quando uma imagem da Virgem
apareceu nas nuvens sobre a cidade.
As tropas russas retiraram-se à sua vista.
Ao longo dos séculos, muitos foram os testemunhos
Ao longo dos séculos, muitos foram os testemunhos
de curas e outros fenômenos milagrosos ocorridos com
fiéis que peregrinaram à pintura.
Ela é conhecida como "A Madona Negra" por causa
da fuligem acumulada sobre a sua superfície, fruto
de séculos de velas, votivas queimadas junto a ela.
Com o declínio do comunismo na Polônia,
as peregrinações à Madona Negra
aumentaram notavelmente.
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